A pandemia do novo coronavírus tirou a vida de um dos maiores contistas que o Brasil teve nas últimas décadas, Sérgio Sant’Anna, morto no domingo (10). Antes dele, morreu de infarto, em 15 de abril, outro importante nome do conto brasileiro, Rubem Fonseca. Ambos, cada um à sua maneira, ajudaram a renovar o gênero e a definir a cara da literatura contemporânea no país, que tem uma rica tradição de histórias curtas.
Às vezes deixado de lado em relação ao romance, o conto é um gênero único, que se consolida há séculos, passando por autores tão variados quanto Edgar Allan Poe, Jorge Luis Borges e Clarice Lispector. Apesar de curta, é uma narrativa potente, capaz de revelar histórias que vão das situações banais da vida aos principais dramas humanos.