O prêmio Ig Nobel seleciona anualmente dez estudos científicos inusitados. Segundo seus organizadores, é uma maneira de “honrar conquistas que primeiro fazem rir, mas depois pensar”.
Criada em 1991 por Marc Abrahams, editor da revista Annals of Improbable Research, a premiação terá a sua 28ª edição (transmitida ao vivo pela internet) no dia 13 de setembro de 2018.
A lista de trabalhos nos anos anteriores inclui um artigo de física que prova que humanos seriam capazes de correr sobre a água se a Terra tivesse a gravidade da Lua, ou a descrição de um procedimento químico capaz de “descozinhar” um ovo.
O objetivo da cerimônia não é ridicularizar os pesquisadores e seus trabalhos heterodoxos, mas celebrar a criatividade e diversidade de temas encontrados na pesquisa científica “de base”, comumente considerada trivial.
A maioria dos ganhadores entende o espírito da premiação, e ainda que tenham que pagar a viagem do próprio bolso, muitos fazem questão de comparecer à cerimônia.
Entre os premiados que aceitaram de bom gosto o troféu está uma equipe da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que venceu o Ig Nobel de nutrição de 2017 por apresentar o primeiro caso documentado de consumo de sangue humano por um morcego-vampiro-de-perna-peluda.
Ainda que pareçam piadas, muitas das pesquisas premiadas possuem importância científica. De certa forma, boa parte dos avanços do conhecimento humano pareceram ridículos em algum momento, e devem sua existência a questões inusitadas.
O físico britânico Andre Geim, integrante da equipe laureada com o IgNobel de física em 2000 por levitar um sapo, por exemplo, acabou premiado com o Nobel, também de física, em 2010, por seu trabalho com grafeno bidimensional.
Abaixo, o Nexo desafia você a descobrir quais destes trabalhos foram premiados pelo IgNobel e quais são pura ficção. Faça o teste: