Desde meados de 2021, a inflação acumulada e a taxa de desemprego ultrapassaram a marca dos 10%. O número, ainda que simbólico, expressa um momento delicado da economia brasileira, com reflexo direto na opinião pública sobre o governo Bolsonaro.
Enquanto o desemprego trimestral estava acima dos 10% desde 2016, a inflação havia desacelerado e estava em níveis mais baixos durante o governo Temer. No entanto, desde 2020, os preços no Brasil estão subindo, puxados pelas altas nos alimentos e combustíveis. A alta dos alimentos, sobretudo, afeta de maneira desproporcional os mais pobres, também mais vulneráveis ao desemprego.
Os dados do gráfico começam em 2012 e não são comparáveis com os de anos anteriores por conta de diferenças metodológicas na mensuração de desemprego. O Nexo produziu outro gráfico com os dados entre 1991 e 2016, com as pesquisas antigas de desemprego, que foram descontinuadas.