O PT anunciou nesta sexta-feira (5) que decidiu manter o apoio a Marcelo Freixo, do PSB, ao governo do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman, em publicação em uma rede social. A sigla também frisou que seu único candidato ao Senado é André Ceciliano (PT).
Antes da executiva nacional do PT tomar essa decisão, o diretório estadual ameaçou deixar de apoiar Freixo. Isso aconteceu porque o PSB lançou o nome de Alessandro Molon para o Senado pelo Rio de Janeiro, desrespeitando um acordo que havia sido firmado pelos dois partidos coligados, segundo o qual ambos apoiariam somente o candidato petista para concorrer a uma vaga como senador.
Gleisi declarou à imprensa que o PT não abriria mão da candidatura de Ceciliano. Ela disse que esperava que o PSB cumprisse o acordo, o que fortaleceria a união entre Lula e Freixo, que têm uma boa relação. Apesar disso, as movimentações nos bastidores da sigla ocorridas na quinta-feira (4) sinalizaram que o partido optaria por seguir apoiando Freixo. O vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá, que defendia o rompimento, desistiu de sua tentativa de fazer o PT deixar de apoiar Freixo e pediu liberação da militância para defender outros candidatos.
Molon, que não esteve presente na convenção nacional do PSB da sexta-feira passada (29) que oficializou Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula, está sendo pressionado internamente para desistir da candidatura ao Senado. A expectativa é que ele anuncie sua desistência nesta sexta e, em vez de tentar uma vaga como senador, foque em se reeleger para a Câmara dos Deputados.
Segundo pesquis Datafolha, publicada no início de julho, Freixo tem 22% das intenções de voto no Rio de Janeiro contra 21% do atual governador Cláudio Castro (PL), o que configura um empate técnico. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número RJ-00260/2022. Foram ouvidas 1.218 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.