O ex-vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Jerominho, de 73 anos, morreu na tarde de quinta-feira (4), após ser baleado na estrada Guandu Sapê, no bairro de Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.
O assassinato ocorreu no momento em que Jerônimo Guimarães Filho, seu nome verdadeiro, saía de um veículo. Imagens de uma câmera de segurança que circulam nas redes sociais mostram três homens armados e encapuzados descendo de um carro, se aproximando dele e efetuando os disparos. Ele foi atingido por dois tiros de fuzil, um na perna e outro no abdome. Jerominho foi levado ainda com vida ao Hospital Oeste D’Or, mas não resistiu aos ferimentos. O cunhado dele também foi alvejado e está internado. Seu quadro de saúde é estável.
Junto com seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães, Jerominho é apontado pela polícia como um dos fundadores da Liga da Justiça, milícia que atuava na zona oeste do Rio de Janeiro praticando homicídios e extorquindo dinheiro de moradores e comerciantes em troca de segurança. Atualmente, a organização criminosa é liderada por um outro grupo, tendo mudado de nome em 2014.
Jerominho foi eleito como vereador pelo PMDB por dois mandatos seguidos. O primeiro deles se iniciou em 2001. No entanto, foi preso em 2007, acusado de formação de quadrilha. Ele ficou na prisão até 2018. Em 2020, voltou a ter problemas com a Justiça, pois foi alvo de uma operação da Policia Federal contra a interferência de milicianos nas eleições do Rio de Janeiro.
Em janeiro de 2022, a polícia o prendeu novamente por suspeita de extorsão a motoristas de vans ocorrida em 2005, mas ele foi solto menos de uma semana depois. Recentemente, preparava um retorno à política. Jerominho pretendia se candidatar à vaga de deputado federal, indicava candidatos e divulgava ações sociais promovidas por ele na região de Campo Grande.
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