O governo sueco anunciou nesta sexta-feira (13) a intenção de passar a fazer parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), um dia depois de a vizinha Finlândia ter anunciado decisão semelhante.
A informação foi dada pela ministra sueca das Relações Exteriores, Ann Lide, e pelo ministro da Defesa, Peter Hultqvist, após a divulgação de um relatório elaborado por uma comissão ligada ao Poder Executivo, que deve embasar decisão do Parlamento a respeito.
A expansão da Otan – aliança criada no pós-Guerra para se opor ao poder militar do bloco soviético – é um dos motivos da invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. O presidente russo, Vladimir Putin, se opõe à decisão de países do entorno de integrar a aliança militar, caminho sinalizado pela Ucrânia em 2008, mas abortado; e seguido por outras ex-repúblicas soviéticas e antigos membros da chamada Cortina de Ferro, grupo de países socialistas do leste europeu durante a Guerra Fria (1945-1991).
Após o anúncio finlandês, Putin renovou as ameaças de retaliação à expansão da Otan, sem entretanto especificar que medidas pretende tomar. Na escalada das tensões, o presidente russo já chegou até mesmo a fazer ameaças de uma guerra nuclear contra o Ocidente.
O ministro sueco da Defesa disse estar ciente das ameaças e do risco que a adesão à Otan pode trazer ao país, mas ele afirmou que suas forças estão preparadas para reagir em caso de agressão. A principal vantagem de aderir ao bloco é contar com a proteção dos demais países da aliança, todos comprometidos por cláusula do tratado de formação do grupo a reagir de forma conjunta em caso de agressão a um de seus membros.