Líderes da Finlândia defenderam na quinta-feira (12) a entrada do país na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar do Ocidente. Em pronunciamento conjunto, a primeira-ministra Sanna Marin e o presidente Sauli Niinisto falaram em aderir ao bloco militar “sem demora”. Eles também afirmaram que a entrada para a Otan “fortaleceria a segurança da Finlândia”.
O pronunciamento não significa que o país tenha oficialmente pedido para entrar na aliança. O parlamento finlandês deve discutir e votar a proposta até segunda-feira (16). Historicamente, os finlandeses são contrários à adesão à aliança. Mas pesquisas de opinião indicam apoio de mais de três quartos da população à medida após o início da guerra na Ucrânia.
Quando um país adere à Otan, é beneficiado pela proteção expressa no artigo 5º, segundo o qual o ataque sofrido por um membro pode ser respondido por todos. A expansão da Otan na direção do leste europeu – onde estão ex-repúblicas soviéticas e países que fizeram parte da chamada “cortina de ferro” do bloco socialista – é um dos motivos alegados por Vladimir Putin para invadir a Ucrânia.
Em resposta ao pronunciamento dos líderes finlandeses na quinta-feira (12), o governo russo disse que será “forçado a tomar medidas de retaliação”. A justificativa é de ameaças à segurança nacional do país. Além da Finlândia, a Suécia também avança em discussões para entrar para a Otan.