O preço médio do botijão de gás de 13 kg chegou a R$ 113,66 na semana dos dias 10 a 16 de abril, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O valor representa um aumento de 0,10% frente ao preço médio registrado na semana anterior, apesar de a Petrobras ter adotado, em 9 de abril, uma redução de 5,58% no valor cobrado pelo produto às distribuidoras.
Mato Grosso, Rondônia e Acre, com preços médios de R$ 135,44, R$ 134,06 e R$ 130,48 para o botijão de 13 kg, respectivamente, são os estados em que o gás de cozinha está mais encarecido. No Mato Grosso, a ANP encontrou o mais alto valor comercializado, R$ 160. Já os consumidores de Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo desembolsam os menores valores médios na hora de comprar o produto, com R$ 102,30, R$ 103,29 e R$ 106,85, respectivamente.
A redução do preço do gás feita pela Petrobras em 9 de abril veio depois de um mega aumento nos preços dos combustíveis, anunciado em março, com alta de 18,8% na gasolina, de 24,9% no diesel e 16,1% no gás de cozinha. De acordo com a ANP, de janeiro de 2020 a janeiro de 2022, o valor do botijão de gás de cozinha, que não ultrapassava R$ 80, superou os R$ 100.
Esse panorama contribui para a alta da inflação. Muitas famílias de menor poder aquisitivo se veem obrigadas a adotar métodos alternativos e, por vezes, mais perigosos para cozinhar, utilizando lenha e álcool para fazer fogo e se sujeitando a um maior risco de acidentes. O valor do auxílio gás para abril, que será recebido por 5,39 milhões de famílias, foi fixado pelo governo federal em R$ 51.
Continue no tema
- Expresso: O impacto do aumento dos combustíveis
- Podcast: O Brasil cozinhando com álcool
- Expresso: Erros e acertos na crise dos combustíveis