Realizada neste domingo (27), a 94ª edição do Oscar ficou marcada por um agressão do ator Will Smith ao comediante Chris Rock, apresentador da cerimônia. Smith reagiu a uma piada a respeito da cabeça raspada de sua esposa, Jada Pinkett Smith, que tem alopécia – condição que causa perda de cabelo.
“Jada, eu te amo. Mal posso esperar para te ver em ‘GI Jane 2’ [eventual continuação de filme estrelado por Demi Moore em 1997, no qual ela interpreta uma militar de cabeça raspada]”
Smith subiu ao palco e estapeou Rock. Depois, voltou ao seu lugar na plateia e, do seu assento, interpelou o comediante: “tire o nome da minha mulher da porra da sua boca”. Constrangido, o apresentador reagiu dizendo que o episódio era um “grande momento da televisão ao vivo”. Segundo a revista Vanity Fair, ele não prestará queixa do ocorrido.
Na mesma noite, Smith foi premiado com a estatueta de melhor ator por sua atuação em “King Richard”, em que interpreta o pai das tenistas Serena e Venus Williams. Ele pediu desculpas pela agressão a Rock em seu discurso de agradecimento e se comparou ao protagonista do filme, chamado por ele de “um forte defensor da família” .
“Eu pareço o pai maluco, assim como eles disseram sobre Richard Williams. Mas o amor vai fazer você fazer coisas loucas [...] Nesse ramo, você tem que aguentar pessoal falando besteiras sobre sua família e não responder. Denzel [Washington] me disse alguns minutos atrás: ‘no seu momento mais alto, tenha cuidado, é quando o diabo vem para você’. [...] Quero me desculpar com a Academia, quero me desculpar com todos os meus colegas indicados’”
Após a cerimônia, Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana, responsável pelo Oscar, publicou uma mensagem nas redes sociais dizendo que não tolera qualquer tipo de agressão.
A edição de 2022 do Oscar foi marcada por uma série de ineditismos. O longa “No ritmo do coração”, da Apple TV+, foi o primeiro filme de uma plataforma de streaming a ganhar a principal categoria da premiação. Foi também a primeira vez que a cerimônia premiou uma atriz queer negra (Ariane deBose, melhor coadjuvante por “Amor, sublime amor”) e um ator surdo (Troy Kotsur, melhor coadjuvante por “No ritmo do coração”).
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