O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) que toda a população adulta (de 18 a 59 anos) que já completou o ciclo vacinal contra a covid-19 será contemplada com uma dose de reforço, antes destinada apenas aos grupos mais vulneráveis ao vírus. O intervalo para a aplicação do reforço também será reduzido, de seis a cinco meses.
158 milhões
de pessoas estão aptas a receber o reforço, segundo estimativa do Ministério da Saúde
Já tinham direito à dose adicional os idosos, profissionais da saúde e imunossuprimidos — pessoas com baixa imunidade, grupo que inclui aqueles que fazem quimioterapia, que receberam transplantes de órgãos recentemente, que têm HIV/aids, entre outros. O reforço é indicado porque a proteção imunológica oferecida pela vacina diminui com o tempo. Segundo Queiroga, o ministério da Saúde não vai divulgar um calendário da dose adicional por faixa etária. “Acima de cinco meses da segunda dose, independentemente da idade, já se pode buscar a sala de imunização”, afirmou o ministro.
Os planos de vacinação para 2022, anunciados pelo governo em outubro, já previam ao menos uma dose de reforço para a população entre 18 e 59 anos, e duas doses para os idosos e imunossuprimidos. O planejamento conta ainda com a reserva de 70 milhões de doses destinadas a crianças menores de 12 anos, mas até o momento nenhuma vacina obteve autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser administrada neste público.
As diretrizes do ministério servem como orientação aos estados e municípios, cujas respectivas secretarias de Saúde têm autonomia para decidir o calendário de vacinação. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina já tinham reduzido a cinco meses o intervalo para a aplicação da dose de reforço; em Espírito Santo, o prazo foi encurtado a quatro meses. Municípios como Guarujá (SP) e Natal (RN) também diminuíram o intervalo.
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