Responsável por defender direitos da sociedade e fiscalizar a cúpula do poder em Brasília, incluindo o presidente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, é alvo de críticas desde que foi escolhido por Jair Bolsonaro para o cargo, em 2019, fora da tradicional lista de sugestões do Ministério Público Federal. No momento em que é reconduzido ao cargo, após aprovação no Senado nesta terça-feira (24), Aras vê se multiplicarem acusações de parcialidade e omissão diante de potenciais irregularidades cometidas pelo governo.
O placar a favor de Aras no Senado foi elástico tanto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), com 21 votos favoráveis diante de 6 contrários, quanto no plenário, onde o nome indicado por Bolsonaro obteve 55 votos favoráveis e 10 contrários. Houve uma abstenção. O procurador-geral nega estar deixando de cumprir seu papel. Ele diz não aceitar “fazer política” no posto que ocupa.