O grupo de cientistas União Pró-Vacina, formado na pandemia para divulgar informações corretas sobre a imunização contra o novo coronavírus, criou mensagens em áudio e vídeo para compartilhar em aplicativos como o WhatsApp e combater mentiras sobre as vacinas.
Os áudios e vídeos esclarecem temas que se tornaram objeto de desinformação com a liberação de uso das primeiras vacinas contra a covid-19. Nas mensagens, os cientistas trazem respostas para perguntas como: “as vacinas são seguras?”, “elas foram produzidas rápidas demais?”, “elas vão alterar nosso código genético?”.
A ideia de produzir os conteúdos surgiu depois que integrantes do grupo analisaram mensagens sobre a imunização que recebiam em seu próprio WhatsApp. Como grande parte da desinformação era divulgada por meio de áudios e vídeos, o grupo decidiu produzir conteúdo nesses mesmos formatos para combater as mentiras.
Entre as mensagens que o grupo busca transmitir, estão as de que as vacinas contra a covid-19 são seguras e eficazes, e de que é sempre melhor se vacinar do que não fazê-lo. Os cientistas também reforçam que as vacinas não matam, não alteram o DNA humano e não causam autismo, como diz um dos mitos mais antigos sobre a imunização.
O grupo disponibilizou os materiais em uma pasta na nuvem do Google Drive. Para compartilhar os conteúdos, basta acessar as pastas e baixar os arquivos escolhidos. Além de áudios e vídeos, a União Pró-Vacina criou peças de arte para divulgar no WhatsApp ou em outras redes sociais, como o Instagram.
5,4 milhões
de brasileiros tomaram ao menos uma dose de vacina contra a covid-19 até quarta-feira (17), segundo dados de consórcio de veículos de imprensa
A iniciativa teve início em dezembro de 2020. Em relato para o Jornal da USP, cientistas do grupo afirmam que o retorno tem sido positivo. Nesse tempo, a União Pró-Vacina também adaptou as mensagens em áudio e vídeo para publicar em suas redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram.
A União Pró-Vacina é uma iniciativa do Instituto de Estudos Avançados de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com o Centro de Terapia Celular, o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias, a Ilha do Conhecimento, a Vidya Academics, o Gaming Club da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto), o Instituto Questão de Ciência e o Pretty Much Science.
A campanha de vacinação contra o novo coronavírus teve início no país em janeiro de 2021, após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca. Marcada pela escassez de doses, a campanha imunizou 2,55% da população brasileira até quarta-feira (17), segundo dados de consórcio de veículos de imprensa.