Uma menina de dez anos que engravidou após ter sido estuprada por um tio realizou no domingo (16) a interrupção da gestação em Recife. O desfecho veio após uma série de obstáculos enfrentados pela criança, em um caso que reflete entraves recorrentes ao acesso ao aborto legal no Brasil e o crescimento de uma militância que questiona esse direito.
Na capital pernambucana, um grupo religioso comandado por deputados estaduais e vereadores protestou em frente ao local contra a realização do aborto legal, tentando bloquear a entrada do hospital, rezando e chamando o médico responsável de “assassino”. Feministas, representantes de entidades de direitos das mulheres e parlamentares também se manifestaram no local, em defesa do direito ao procedimento.