Ao longo das últimas duas décadas, o Estado brasileiro implementou uma série de políticas de inclusão para a população negra. A mais famosa delas, o sistema de cotas em universidade públicas, é fruto de de pressões da sociedade civil e do diálogo entre instâncias governamentais, ativistas e estudiosos da questão racial.
Com a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018, a aproximação do Estado brasileiro com a temática racial, em consolidação desde a década de 1990, sofreu uma ruptura. Desde o período eleitoral, Bolsonaro se coloca contra a política de cotas, prometendo alterá-la. O presidente já afirmou que políticas afirmativas são “coitadismo” e dividem a população.