Depois de negociar por mais de um ano com o Congresso e fazer várias concessões, o governo do presidente Michel Temer abriu mão do projeto que era sua prioridade: a reforma da Previdência. A suspensão da Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras para o acesso a aposentadorias e pensões praticamente enterra as chances de Temer de aprovar a reforma em seu mandato.
Além da dificuldade em conseguir 308 deputados (entre os 513) dispostos a apoiarem uma medida impopular em ano eleitoral, há agora um impedimento legal. Emendas Constitucionais não podem ser votadas e aprovadas durante a vigência de intervenções em estados, como a que o governo federal decretou em 16 de fevereiro no Rio de Janeiro.