O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, formado pelo presidente e os diretores da instituição, informou no início da noite de quarta-feira (6) a decisão de cortar 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia. Com a mais recente redução, a décima em treze meses, a Selic fica em 7% ao ano - a menor desde que foi implantada em 1999.
A taxa Selic é a base para o cálculo de juros no país porque é o quanto o Banco Central cobra dos bancos comerciais para empréstimos de curto prazo. A partir do que pagam para esses financiamentos é que as instituições financeiras calculam o que vão cobrar dos clientes - sempre mais que isso. Itaú e Bradesco, os dois maiores bancos privados do país, informaram que vão repassar a redução aos clientes.
Por outro lado, a taxa básica de juros é o principal mecanismo do Banco Central para combater a inflação. E a redução da Selic só foi possível em um cenário em que os preços pararam de subir rapidamente. Com a diminuição do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 10,67% em 2015 para algo abaixo de 3% em 2017, o Banco Central pôde fazer cortes sucessivos e colocar a Selic no patamar mais baixo da história.