Ainda neste século, a temperatura da Terra ficará 1,5ºC mais alta que no século 19, quando os ingleses investiam nos processos com queima de carbono que pouco antes haviam criado a indústria. Até hoje, a alta avançou um pouco menos que isso — em 2020 havia quase 1,1ºC a mais que na era pré-industrial. A marca pode avançar ainda até 2ºC, ou 5ºC, ou 6ºC a mais até 2100, segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Anunciada como uma das maiores ameaças à humanidade, a mudança climática recente, diretamente causada por atividades humanas poluentes — a indústria, a agropecuária, o desmatamento — que se espalharam no mundo, mostra cada vez mais sinais de seus impactos, como a concentração de CO2 na atmosfera, a alta das temperaturas e eventos climáticos extremos.
Apesar de a ciência ser unânime sobre o tema, grupos econômicos e parte dos políticos resistem a tomar medidas a respeito do aquecimento global, de seus efeitos e de suas causas humanas. Isso porque superar a crise implicaria profundas mudanças nos modos de vida, produção e consumo que têm sido prósperos desde a revolução industrial. O Nexo conta como o clima chegou a este ponto e o que pode ser feito para superar a crise.