Ainda neste século, a temperatura da Terra ficará 1,5ºC mais alta que no século 19, quando os ingleses investiam nos processos com queima de carbono que pouco antes haviam criado a indústria. Até hoje, a alta avançou um pouco menos que isso — em 2019 há 1,1ºC a mais que na era pré-industrial. A marca pode avançar ainda até 2ºC, ou 5ºC, ou 6ºC a mais até 2100, segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Anunciada como uma das maiores ameaças à humanidade, a mudança climática recente, diretamente causada por atividades humanas poluentes — a indústria, a agropecuária, o desmatamento — que se espalharam no mundo, mostra cada vez mais sinais de seus impactos, como a concentração de CO2 na atmosfera e a alta das temperaturas.
As previsões de cientistas para o futuro da Terra, diante das alterações do clima, incluem secas e ciclones mais intensos, oceanos mais ácidos, extinção de espécies que garantem o equilíbrio ecológico. Alguns falam ainda na piora da vida nas cidades, por causa da poluição do ar e das ilhas de calor, entre outros efeitos danosos para a vida. Ativistas e pesquisadores falam em enfrentar o problema enquanto há tempo.
12 anos
é o tempo que a humanidade teria em 2018 para “reverter a rota” do problema do clima, segundo cientistas vinculados à ONU (Organização das Nações Unidas); ações envolvem reduzir poluentes e se preparar para impactos
Apesar de a ciência ser unânime sobre o tema, grupos econômicos e parte dos políticos resistem à ideia do aquecimento global, seus efeitos e as causas humanas. Isso porque superar a crise implicaria profundas mudanças nos modos de vida, produção e consumo que têm sido prósperos desde a Revolução Industrial. O Nexo conta como o clima chegou a este ponto e o que pode ser feito para superar a crise.