José Miguel Vivanco foi expulso da Venezuela em 2009 por denunciar violações aos direitos humanos cometidas pelo então presidente Hugo Chávez. O diretor para as Américas da Human Rights Watch, uma das maiores e mais influentes organizações de direitos humanos do mundo, já previa então que o país se tornaria uma ditadura.
Nesta segunda-feira (29), um dia depois da eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente, Vivanco disse ao Nexo, de Washington, por telefone, que teme que o Brasil siga caminho semelhante, em alguns aspectos, não apenas ao da Venezuela, mas também ao de países como Filipinas, Rússia, Turquia e outros, que passaram a ser governados por populistas autoritários de diferentes matizes.