Na véspera das eleições de domingo (8), Fernando Haddad era rejeitado por 41% dos eleitores, de acordo com o Datafolha. Seu adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro, tinha uma rejeição ainda maior, de 44%. A diferença é que o candidato do PSL obteve 46% dos votos válidos. O petista teve 29% e precisa, portanto, ganhar muito terreno a fim de vencer a sucessão presidencial, cuja votação decisiva está marcada para 28 de outubro.
Para o cientista político do Insper (Instituto de Pesquisa e Ensino Superior) Carlos Melo, Haddad terá de enfrentar uma série de obstáculos que envolvem debates éticos, morais e econômicos. Tudo para que possa se aproximar de um eleitorado alinhado mais ao centro e à direita no espectro político-ideológico. Para Melo, porém, a dificuldade do partido em fazer uma autocrítica pode ser um entrave.