PROGRAMA DE

DIVERSIDADE RACIAL NA COMUNICAÇÃO

2021

Programa Diversidade Racial na Comunicação

O Programa Diversidade Racial na Comunicação do Nexo é um projeto de formação voltado para negras, negres e negros estudantes de jornalismo. Com duração de dez meses e participação remota, a iniciativa visa incentivar a equidade racial nas organizações de comunicação de todo o país.

Objetivos

Contribuir para dar visibilidade ao tema das ações afirmativas na indústria do jornalismo.
Contribuir para aumentar a visibilidade de profissionais negros que já estão no mercado de trabalho.
Contribuir para o aumento da diversidade racial nas redações e equipes de comunicação no país.
Agregar novos pontos de vista e narrativas diversas às histórias contadas pelo Nexo.

Como funciona?

O Programa Diversidade Racial na Comunicação do Nexo oferece dez bolsas para estudantes de jornalismo com ou sem experiência que queiram complementar sua formação. Ao longo desse período, os estudantes participam de uma imersão que inclui novas linguagens, sobretudo do jornalismo digital, novas ferramentas, escrita e língua inglesa, além do estudo de temas relevantes da atualidade.

Atividades

Durante o período de estágio, que compreenderá dez meses, o grupo de estudantes participará de três encontros semanais, com duração de meio período cada.

Turma 2021

Conheça a turma 2021 do Programa Diversidade Racial na Comunicação do Nexo.

Adyel Beatriz

Meu nome é Adyel Beatriz, tenho 24 anos. Nasci na cidade de São Paulo, cresci em Diadema, no ABCD Paulista. Estudei a vida inteira em escolas estaduais e fiz curso técnico em Modelagem do Vestuário. Em 2016, mudei para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo na UFRJ, onde estou quase me formando. Me defino como alguém que gosta de muitas coisas, geralmente qualquer coisa me interessa, essa definição me leva a várias realidades possíveis e imagináveis.

Carín Alves

Sou Carín Alves, um jovem transmasculino de 22 anos, morador do subúrbio carioca, bairro de Guaratiba, zona oeste do Rio. Jornalista em formação pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e artisticamente comunicador, uso minhas produções textuais, visuais e sonoras para expressar minha visão, que construo a partir das relações, experiências e atravessamentos que vivo como preto e lgbt. Tenho como pautas da minha vida a resistência do povo preto, o resgate da nossa ancestralidade e a luta LGBTQIA+.

Flávia Santos

Tagarela, comunicativa e desenrolada, (eu acho que) sou a prova viva de que sertanejo não é sinônimo de matuto. Nordestina e pernambucana, eu me chamo Flávia Santos e tenho 22 anos. Sou uma estudante de jornalismo que mora logo onde nasceu a beleza, nas margens do Rio do São Francisco. Ao longo do tempo, acumulei experiências em TV, rádio universitária e podcast, como host e editora de áudio. Um dos meus objetivos é usar o jornalismo para desmistificar estereótipos sobre o Semiárido nordestino.

Ivan Costa

Meu nome é Ivan Costa, estudante de jornalismo pela UniFTC, natural de Salvador (BA). Antes do jornalismo estudei e trabalhei em áreas administrativas, minha relação com a comunicação começou através da fotografia. Desenvolvi atividades nas partes gráficas e escrita, além de gravar e editar vídeos, adquiri habilidades em diagramação, planejamento editorial e gráfico durante o processo acadêmico. Busco ampliar essas características para desenvolver projetos que possam ser absorvidos pelo mercado.

Jaqueline Ferreira

Sou Jaqueline Ferreira, mulher negra bissexual, estudante de Comunicação Social- Jornalismo pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Mãe da Anna Beatriz de 8 anos. Tenho 24 anos de pura gaiatice. Aquariana e dengosa, com muita fome de justiça racial. Também sou atriz e cozinheira, de muito talento e disposição! Meu mantra vem de África, com meus pés no chão, que eu nunca me esqueça de olhar para trás para pensar meu futuro.

Joanne Medeiros

Sou Joanne Medeiros, 24 anos, estudante de jornalismo, grafiteira e designer. Trabalhei com assessoria de imprensa e social media nas áreas política e esportiva. Tenho experiência em liderar equipes de cunho social, sempre incentivando a arte e educação como movimento central e essencial na existência do povo preto. A inquietação sobre o desrespeito aos nossos corpos deixou de ser um sentimento e se tornou minha motivação na disseminação eficaz do conhecimento.

Mônis Barros

Meu nome é Mônis Barros, sou Jornalista em formação pela Universidade da Paraíba, tenho 24 anos, natural do sertão do pajéu, editor do portal Quilombo Cibernético de escrita independente, filho da jurema sagrada e atualmente morador da capital onde o sol nasce primeiro. Minhas grandes paixões na vida são o jornalismo e o hip-hop; acredito que a escrita seja um potente caminho de emancipação, e retomada ancestral. Além da escrita, comunico pela poesia marginal, pelo cinema, publicidade e fotografia.

Murillo Otavio

Natural de SP, nascido e criado nos becos e vielas da Cidade Tiradentes, me chamo Murillo Otávio e tenho 23 anos. Estudei economia, mas não terminei por ausência de representatividade racial. Sou formado em administração e atualmente estou no 5º período de jornalismo. Filho do rap, amante de samba, filosofia, história, sociologia e principalmente da experiência periférica que me deu discernimento pra ser um a mais, não só mais um. Respeito quem pavimentou a estrada contra o racismo, e que me trouxe até aqui. Jah guia e me protege.

Rayane Penha

Amapaense, graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Amapá, me chamo Rayane Penha. Sou realizadora audiovisual, criadora e produtora executiva da produtora Catraia, sócia representante da Associação Gira Mundo e uma das idealizadoras e realizadora do Cine Catraia, projeto de cine clube itinerante no Arquipélago do Bailique (AP). Também coordeno a comunicação do coletivo Utopia Negra amapaense.

Rubens Guilherme Santos

Sou o Rubens Guilherme Santos, estudante de Jornalismo de 22 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), mas suzanense de coração. Apaixonado por esportes e pela escrita desde a infância, fã das aulas de História e de Geografia na escola, encontrei no jornalismo uma carreira que pudesse vincular esses meus interesses. Confesso que valeu a pena escutar os conselhos de meus pais sobre valorizar os estudos, pois venho alcançando vários objetivos nos últimos anos graças ao poder da educação.

Coordenadora

Camila Silva

Jornalista holística, pós-graduada em Relações Internacionais, Ajuda Humanitária e ao Desenvolvimento pela PUC-RJ, trabalhou durante oito anos nas redações da GloboNews e Rede Globo. Pesquisadora em diversidade, é consultora nas ONGs internacionais Civicus e Chicas Poderosas. Também é redatora, cineasta, CEO e fundadora da Wokemi Produções com a qual assina a produção e direção dos documentários “The Tap”, “Voy Sola”, entre outros.

Conselho

Conheça o conselho do Programa Diversidade Racial na Comunicação do Nexo

Aline Midlej

Aline Midlej é jornalista. Já passou pelas principais redações de televisão do país. O interesse por mulheres extraordinárias lhe rendeu o Prêmio Vladimir Herzog por uma série de reportagens. E a África se tornou foco constante de interesse desde uma longa viagem de gravações por dezenas de países do continente, em 2010. Atualmente é âncora do telejornal Jornal das Dez, no canal GloboNews.

Andre Degenszajn

Andre Degenszajn é Diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, organização criada em 2017 pelo cineasta Walter Salles. Foi Secretário-Geral do GIFE entre 2013 e 2017. É mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e foi professor na Faculdade Santa Marcelina entre 2007 e 2011. É membro dos conselhos da Conectas Direitos Humanos, da Oxfam Brasil e da Global Alliance for the Future of Food.

Atila Roque

Atila Roque é o Diretor da Fundação Ford no Brasil. Mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil e faz parte do Conselho Diretor do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas).

Bianca Santana

Bianca Santana é jornalista. Doutora em ciência da informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com uma tese sobre memória e escrita de mulheres negras. Mestra em educação. Colunista da revista Gama. Autora de Quando me descobri negra (SESI-SP, 2015) e de Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021).

Lilia Schwarcz

Lilia Schwarcz é professora da USP e global scholar em Princeton. É autora, entre outros, de “O espetáculo das raças”, “As barbas do imperador”, “Brasil: uma biografia”, "Lima Barreto, triste visionário”, “Dicionário da escravidão e liberdade”, com Flavio Gomes, e “Sobre o autoritarismo brasileiro”. Foi curadora de uma série de exposições dentre as quais: “Um olhar sobre o Brasil”, “Histórias Mestiças”, “Histórias da sexualidade” e “Histórias afro-atlânticas". Atualmente é curadora adjunta do Masp para histórias.

Márcia Lima

Márcia Lima é Doutora em Sociologia pelo IFCS/UFRJ. Professora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). É pesquisadora sênior associada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento onde coordena o Afro – Núcleo de Pesquisa sobre Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro-Cebrap).

Mário Augusto Medeiros da Silva

Professor do Departamento de Sociologia da Unicamp, atuando principalmente nos seguintes temas: Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade, Intelectuais Negros, Memória Social. Autor dos livros Os escritores da guerrilha urbana: literatura de testemunho, ambivalência e transição política (1977-1984) [2008]; A descoberta do Insólito: literatura negra e literatura marginal no Brasil (1960-2000) [2013]. Co-organizador das obras Polifonias Marginais (2015) e Rumos do Sul: periferia e pensamento social (2018)

Paula Miraglia

Paula Miraglia é co-fundadora, publisher e Diretora Geral do Nexo Jornal e da Gama revista. Paula é doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), onde também concluiu o mestrado e a graduação em Ciências Sociais. Foi diretora de organizações internacionais e consultora do Banco Mundial e do Banco Interamericano para o desenvolvimento.

Thiago Amparo

Thiago de Souza Amparo é professor da FGV Direito SP, e da FGV Relações Internacionais ministrando cursos sobre direitos humanos, antidiscriminação e direito internacional. Mestre e Doutor em Direito pela Central European University (Budapeste) e foi pesquisador visitante na Universidade de Columbia (NY), escreve às segundas na Folha de SP.

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