A chegada da pandemia trouxe um consenso ao redor do mundo acerca da necessidade de uma forte e rápida atuação do Estado para atenuar os efeitos econômicos, sanitários e sociais da covid-19. O mais recente Monitor Fiscal do FMI (Fundo Monetário Internacional) sugere que os 47 países analisados destinaram em média 6,5% a mais do PIB ao combate à crise até setembro de 2020. Apesar do discurso fundamentalista de mercado da equipe econômica do governo Bolsonaro, o Brasil não fugiu à regra. Ao contrário, foi o 12o país que mais destinou recursos para as medidas de resposta à crise em relação ao tamanho de sua economia (8,3% do PIB) e o segundo entre os países emergentes.
Como o Brasil se descolou do mundo no debate sobre o pós-pandemia
A discussão sobre política econômica no Brasil se afastou completamente dos gigantescos desafios que serão enfrentados pelo mundo nos próximos anos
Laura Carvalho é doutora em economia pela New School for Social Research, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e autora de “Valsa brasileira: Do boom ao caos econômico” (Todavia). Escreve quinzenalmente às sextas-feiras.
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