O começo de um novo ano e, mais ainda, de uma nova década (sem querer entrar em polêmicas) é terreno fértil para retrospectivas e conjecturas. É da nossa natureza tentar encontrar algum sentido no passado e prever o futuro, por mais temerários que sejam tais exercícios.
2020 é também ano de eleições presidenciais aqui nos Estados Unidos da América. Isso traz uma excelente oportunidade de usar a retrospectiva de um país para orientar as previsões para outro: que lições podemos tirar dos últimos quatro anos, desde que a inusitada ascensão de Donald Trump à presidência convulsionou a política norte-americana, para projetar os próximos anos sob o Trump dos Trópicos no Brasil?
É preciso, claro, muita cautela na hora de traçar comparações entre países tão distintos. Seria possível escrever livros elencando todas as diferenças que separam os dois contextos. Contudo, a perspectiva trazida de fora pode ser útil para aventar possibilidades que, de perto, talvez passem despercebidas.