O Ministério da Agricultura aprovou recentemente o registro de mais 31 agrotóxicos. Desde 2016, o número de agrotóxicos registrados no Brasil cresce de forma assustadora como pode ser visto no gráfico abaixo. Entre 2005 e 2015 houve uma média de 150 agrotóxicos registrados anualmente. Enquanto isso, em 2017 e 2018, passamos a ter mais de 400 registros. Muitos são reproduções de princípios ativos do glifosato, um polêmico herbicida associado a linfomas e alvo de diversos processos nos tribunais dos EUA.
A expansão do uso de agrotóxicos no Brasil está fortemente relacionada com a adoção de sementes geneticamente modificadas para o plantio de milho e soja que foram liberadas para uso em 2003. A expansão da soja geneticamente modificada beneficiou a economia através de um processo de transformação estrutural como mostram Bustos, Caprettini e Ponticelli no artigo "Agricultural Productivity and Structural Transformation: Evidence from Brazil".