Esta tese de doutorado, realizada na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), busca entender como processos de mobilidade social influenciam as lutas por cidadania conduzidas por moradores das periferias de grandes cidades.
Por meio de um questionário feito com cerca de 400 famílias e entrevistas qualitativas nas periferias de São Paulo, o autor traçou perfis que explicam como três gerações diferentes equilibram ambições de ascensão individual e esforços por direitos coletivos.
Segundo seus resultados, a geração mais jovem foi responsável por concentrar a organização política na produção cultural, buscando se apropriar da identidade periférica como forma de orgulho, e não de estigma — em oposição à geração anterior, que de modo geral tentou se distanciar da periferia por meio da ascensão socioeconômica.