Esta tese de doutorado, realizada na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), analisa dados do questionário socioeconômico do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para identificar como desigualdades sociais, raciais e regionais se manifestam na educação brasileira.
Considerando o período de 1998 a 2014, os resultados da pesquisa apontam que — apesar de avanços na inclusão de grupos vulneráveis no ensino médio — variáveis como sexo, renda familiar, cor, escolaridade da família e região de moradia ainda têm peso importante no desempenho dos estudantes no Enem.
A segmentação do sistema de ensino entre escolas particulares, redes estaduais e a rede federal também se mostra determinante às trajetórias escolares dos alunos: em 2014, 79% dos estudantes com as maiores notas no exame (800 a 1000) eram da rede privada.